Cerca de 16 funcionários, dos 40 contratados pela empresa terceirizada para prestação de serviços de higienização e merenda em algumas escolas da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE), em Pelotas, protestaram no final da manhã de ontem, em frente à sede, na rua Barão de Butuí, entre Félix da Cunha e Gonçalves Chaves. Com cartazes, eles cobram da empresa Andolini o pagamento dos salários e benefícios atrasados desde o mês passado. O cenário é o mesmo enfrentado no início e na metade do ano por servidores que trabalhavam para a empresa Império, cujo contrato terminou em agosto com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e muitos trabalhadores precisaram recorrer à Justiça para garantir seus direitos trabalhistas.

O grupo de manifestantes informou que a conversa é sempre a mesma: que vão fazer depósito até às 17h30min do dia. Cansados de promessas de pagamentos, eles procuraram o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseios e Conservação Pelotas. Já em frente à 5ª CRE, o grupo ouviu de um representante que nada pode fazer. "Mas ele está indo a Porto Alegre e tentaria averiguar a situação", disse uma das servidoras. De acordo com o Sindicato, a empresa que venceu a licitação deveria ter pelo menos 90 dias de fluxo de caixa para arcar com as despesas até poder enviar a documentação para a Seduc que, por vez, liberaria a verba contratada. Mas o que foi descoberto é que a contratante não tinha capital de giro nem para 15 dias e os atrasos iniciaram no primeiro mês de atividade.